quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Métodos de treinamento [ Artigo 6 ]

16 – Método da Pausa/Descanso - (força e resistência a fadiga)
 
Este método é executado da seguinte forma:
- Realizar o movimento até a falha concêntrica;
- Dar uma pausa de 5 a 15 segundos;
- Retornar ao movimento, até nova falha concêntrica;
- Repetir o procedimento até atingir o objetivo estipulado (número de pausas, repetições, tempo, fadiga).
 
As pausas curtas são usadas com a finalidade de restabelecer parcialmente o estado metabólico e neural, possibilitando que o exercício prossiga e fornecendo, assim, maior quantidade de estímulos. O tempo de intervalo iniciado de 5 segundos deve-se aos resultados de estudos feitos com contrações intensas, que mostraram a ocorrência de reações favoráveis à retomada do exercício nesse tempo, devido ao pico da potenciação pós-tetânica.
 
Este método é muito útil para auxiliar na adaptação do aluno a determinado estímulo, principalmente metabólico. Muitas vezes, por exemplo, há dificuldades em realizar um número elevado de repetições devido à dificuldade em lidar com a dor, principalmente em indivíduos habituados a treinar com métodos tensionais. Nesses casos, a utilização das pausas pode promover adaptação progressiva, sem que haja necessidade de uma redução muito expressiva da carga absoluta.
 
O uso de treinos de pausa-descanso pode ser interessante para ganhos de resitência de força, por estimular o organismo a se recuperar entre estímulos intensos.
 
 
17 – Método Repetições parciais (oclusão vascular)
 
O método da oclusão vascular consiste em realizar contrações curtas intensas (estáticas ou dinâmicas) e em seguida prosseguir com o movimento completo.
 
Normalmente, as unidades motoras são recrutadas seguindo o princípio do tamanho, partindo das menores (fibras lentas), para as maiores (fibras rápidas), porém quando o músculo é contraído sob condições isquêmicas e/ou estado de acidose, este princípio não se aplica e as unidades motoras maiores são recrutadas preferencialmente. Deste modo, supõe-se que, ao realizar as repetições curtas, há diminuição do fluxo sangüíneo, causando diminuição da entrega de oxigênio e, conseqüentemente, ativação das unidades motoras grandes (brancas), logo no início do movimento.
 
Gentil (2005), citando os estudos de Takarada et al. (2000), relata que os resultados destes estudos trouxeram a sugestão de que contrações realizadas sob condições de elevado acúmulo de metabólitos sejam particularmente eficientes em produzir aumentos na massa muscular. Sugere-se assim, que a realização de repetições parciais poderia mimetizar esta condição, facilitando a obtenção de hipertrofia.
 
Uma das grandes vantagens deste método é a utilização de cargas baixas, o que mantém elevado estresse muscular, enquanto recupera as estruturas articulares.
 
 
18 – Método Set 21 – (resistência muscular)
 
O set 21 tradicional, muito usado na rosca bíceps, é composto por três fases:
- Executar o movimento parcial, da extensão máxima até metade da amplitude completa (+/- 90º);
- Executar o movimento encurtado, da metade do comprimento angular (+/- 90º) até a contração completa;
- Executar o movimento completo.
 
Habitualmente, são dadas duas explicações para o uso do set 21: uma que este é um trabalho específico para cada ângulo do movimento; e outra é ativação proprioceptiva de modo que o fuso muscular seria ativado na primeira parte, estimulando a contração a fim de facilitar a fase seguinte.
 
Porém, nenhuma das duas explicações é satisfatória. Portanto, propormos uma adaptação do set 21 às evidências fisiológicas conhecidas. Nesta nova abordagem, organiza-se a ordem dos movimentos da seguinte forma:
- Contração encurtada, com ênfase nos pontos de quebra;
- Movimento completo;
- Contração nos ângulos próximos ao alongamento.
 
Desta forma, a acidose induzida com a contração inverteria o padrão de recrutamento (chamado unidades motoras maiores) e forneceria um ambiente metabólico ácido para os trabalhos posteriores. Ao iniciar o movimento completo nestas condições haveria maior estresse, apesar de a carga ser baixa, o que causaria fadiga em um grande número de unidades motoras. Com a progressão da fadiga haveria menor capacidade de gerar força, e seriam usadas as repetições parciais para prolongar o estímulo. Assim, seriam aliados os conceitos de oclusão vascular e das repetições parciais em um único método.
 
O set 21 pode ser usado em vários movimentos além da rosca bíceps, como: elevação lateral, mesa extensora, mesa flexora, e crucifixo, porém ele é mais recomendável em movimentos uniarticulares com padrões circulares.
 
 
19 – Método das Repetições parciais pós-fadiga concêntrica - (força)
 
Consiste na realização de repetições parciais e isométricas após a falha concêntrica. Aqui, se executa o movimento com a amplitude total e a técnica correta até que não seja mais possível fazê-lo. Em seguida, prossegue-se com a postura e técnicas corretas até os limites angulares possíveis.
 
Em todos os exercícios, há ângulos onde é mais difícil mover a carga, o que se deve à baixa capacidade de as fibras se contraírem e/ou ao aumento do braço de resistência. Ao prosseguirmos o movimento até os ângulos em que seja possível fazê-lo é mantido um esforço relativamente alto com maiores estímulos para as fibras.
 
Na realização deste método, recomenda-se que sejam realizadas insistências estáticas (2 a 4 segundos) para definir o ponto de quebra em todas as repetições parciais, realizando em média de 3 a 4 séries, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.
 
 
Método Isométrico
 
No desenvolvimento do método isométrico, ou estático, utilizaremos tensões máximas ou submáximas com durações de 5 a 10 segundos. Desenvolvendo de 3 a 10 tensões musculares para diferentes ângulos do movimento com intervalos de 1 a 3 minutos entre cada tensão.
 
Atualmente o método isométrico é utilizado para o desenvolvimento da força em determinado ângulo articular e nas suas imediações; e para sanar deficiências em algum ponto do movimento de determinada articulação.
 
As principais desvantagens do método isométrico são:
- como no método isotônico, só se desenvolve tensão máxima nos determinados ângulos de trabalho;
- não desenvolve de forma eficiente a força muscular dinâmica.
 
 
Método Isocinético
 
No método de trabalho isocinético utiliza-se em geral séries de 6 a 20 repetições para cada grupo muscular, realizando esforços musculares máximos em cada ângulo de movimento para que possamos obter vantagens, aproveitando o que de melhor há de nesse método de treinamento, que é o de fornecer resistência proporcional à força aplicada em cada ângulo do movimento, fato que não ocorre nos métodos isotônicos e isométricos.
 
É importante enfatizar que o treinamento de força pelo método isocinético tem por finalidade melhorar a força de maneira geral e a resistência de força. Sua utilização no campo de treinamento desportivo fica limitada aos desportos que possuem movimentos do tipo isocinético, como, por exemplo, a natação.
 
 
Método Pliométrico
 
Consiste na realização de exercícios em que a musculatura é alongada rapidamente, produzindo através do “reflexo miotático” ou “reflexo de estiramento” um trabalho concêntrico maior. No exercício pliométrico (como em muitas outras situações nos desportos), a sobrecarga é aplicada ao músculo esquelético de forma a distender rapidamente o músculo (fase excêntrica ou de estiramento) imediatamente antes da fase concêntrica ou de encurtamento da contração. Essa fase de alongamento rápido no ciclo de estiramento-encurtamento facilita a seguir provavelmente um movimento mais poderoso considerado como capaz de aprimorar os benefícios de velocidade-potência dessa forma de treinamento (McArdle et al.,1998).
 
O método pliométrico é um método onde a potência muscular é a valência física mais objetivada.
 
Esse trabalho, específico para membros inferiores, é realizado com exercícios de salto vertical, saltos múltiplos, saltos repetitivos no mesmo lugar, saltos em profundidade ou descida a partir de uma altura de aproximadamente 1 metro, saltos com uma única perna ou com ambas as pernas e várias outras modificações.
 
O trabalho no método pliométrico deve ser feito através de exercícios que representam com uma maior fidelidade o biomecânica do gesto desportivo que o atleta pratica, com a realização de 4 a 8 grupos de 8 a 10 repetições para cada exercício (Rodrigues e Carnaval, 1985).

Métodos de treinamento [ Artigo 5 ]

13 – Método da Fadiga Excêntrica - (hipertrofia e força)
 
Este método consiste em levar as repetições forçadas ou roubadas até os limites extremos. Para se treinar com fadiga excêntrica é recomendável utilizar cargas elevadas – que permitam repetições entre 3 e 6 completas – realizando o exercício até a falha concêntrica e, em seguida, utilizar um dos 2 métodos acima para prosseguir com o movimento até que haja impossibilidade de sustentar a fase excêntrica.
 
A fadiga excêntrica leva o trino a viveis elevadíssimos de intensidade e não deve ser usada por qualquer pessoa a qualquer momento, do contrário promoverá lesão, e não adaptação. Lembre-se de que nosso corpo é um sistema intimamente interligado e, por isso, a intensidade não se limita aos músculos, mas também envolve o estresse neural, articular, psicológico, e este estado geral deve ser levado em conta ao aplicar métodos intensivos.
 
Devido à elevada intensidade da fadiga excêntrica, ela só deve ser usada em uma ou duas séries por treino, com intervalos de 7 a 10 dias, ou com mais freqüência, durante fases intensivas, conhecidas como microciclo de choque.
 
Algumas observações práticas em relação a esse método:
- Não usar este método por períodos muito longos de tempo (tempo sugerido: +/- 4 semanas);
- Reduzir o volume de treino (1 a 2 séries para grandes grupos musculares);
- Utilizar poucos movimentos complementares – ao usarmos a fadiga excêntrica em exercícios multiarticulares, deve-se levar em conta, além do estresse na musculatura principal, o trabalho dos músculos acessórios. No caso do supino, por exemplo, há a necessidade de reduzir também o volume e intensidade de ombro e tríceps. Caso contrário, poderá ocorrer excesso de treinamento e lesões articulares;
- Ajustar o intervalo de descanso: 2 a10 minutos;
- Usar a fadiga excêntrica em 1 a 3 séries por treino;
- Utilizar, prioritariamente, em movimentos complexos.
 
 
14 – Método SuperLento ou Super Slow - (resistência muscular e hipetrofia)
 
Este método consiste em realizar repetições de forma extremamente lenta, levando de 15 a 60 segundos para completar um ciclo de movimento. A proposição original de Ken Hutchins, conhecida com superslow, é a realização de repetições com cadências de 5 segundos para fase excêntrica e 10 segundos para fase concêntrica (Gentil, 2005).
 
Para aproveitar adequadamente este método é importante não utilizar cargas deliberadamente baixas, pois a dor pode mascarar a intensidade real do exercício, desencorajando o executante a utilizar cargas maiores, apesar de seus músculos as suportarem. Isto garante um trabalho mais completo em nível de unidades motoras, pois o movimento lento, submáximo e como cargas reduzidas, ativaria principalmente as unidades motoras pequenas, com baixo limiar de excitabilidade.
 
A combinação de cargas baixas e velocidade lenta, faz com que o método superlento promova baixo ganho de força, mas parece ser bom para desenvolvimento de hipertrofia e resistência muscular.
 
Ao usar o método superlento, deve-se manter a técnica correta durante todo o movimento e enfatizar os pontos de quebra (desvantagem mecânica), senão os estímulos serão subaproveitados. Nesse caso, para se aproveitar melhor o método, é interessante enfatizar os ângulos próximos de 90º (cerca de 80 a 100º).
 
Uma vantagem pratica deste método é o uso de cargas moderadas que são relativamente baixas (em relação aos outros métodos), podendo ser prescritos em períodos onde não se desejam sobrecarregar demasiadamente as estruturas conectivas. Além disso, é um bom método para trabalhar a consciência motora na execução dos movimentos.
 
 
15 – Método Ondulatório - (força, hipertrofia e potência)
 
Este método baseia-se na forma de uma onda, em que o ventre superior reflete cargas altas e repetições baixas e no ventre inferior cargas moderadas, porém com altas repetições.
 
A expllicação deste tipo de treino parece estar no conceito de potenciação pós-tetânica, segundo o qual, após uma contração muscular intensa, ocorrem favorecimento da ativação das fibras e maior capacidade de gerar força. Algumas explicações fisiológicas para o fenômeno são as alterações nas concentrações de neurotransmissores, fluxo dos íons de sódio e potássio, e acúmulo de íons de cálcio no sarcoplasma.
 
O ponto ideal para se reiniciar o exercício é resultado da soma de diversos fatores, principalmente potenciação pós-tetânica e fadiga. Este período varia entre 3 a 10 minutos, meio-tempo em que há possibilidade de utilizar cargas mais elevadas do que se faria normalmente e, dessa forma, de proporcionar um maior estresse mecânico às estruturas musculares – o que favoreceria o processo de hipertrofia, dentro da abordagem dos treinos tensionais – e maiores adaptações neurais (força e potência).
 
Há outros fatores que influenciam o fenômeno como tipos de fibras (melhores respostas nas fibras tipo II) e tempo de contração (quanto menor o tempo, maior a potenciação). Portanto, para o melhor aproveitamento da potenciação pós-tetânica é necessária a realização de repetições baixas com cargas máximas.
 
Para reduzir a monotonia dos longos intervalos, podem ser intercalados exercícios para outros grupos musculares enquanto se espera o tempo para a realização de uma nova série, mesclando o método com o super-set. Há outras variações desse método, como alternar séries de 8 a 12 repetições, e suas variações crescentes e decrescente, levando em consideração o ajuste das cargas, sendo que este variação é conhecida como método de contraste.
 
Deve-se ter cuidado com o abuso do método devido ao trabalho constante com cargas muito altas, tornando recomendável que se racionalize o uso da potenciação pós-tetânica dentro de um planejamento, para não expor as estruturas articulares às lesões. Este método não é recomendado para iniciantes, pois além do risco de lesões, foi verificado que o fenômeno da potenciação pós-tetânica não é bem aproveitado nesse grupo (Gentil, 2005).
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Métodos de treinamento [ Artigo 4 ]


10 – Método Blitz - (hipertrofia)

No método Blitz, diferencialmente dos outros, o que se promove é o trabalho sobre apenas um grupo muscular por dia ou sessão de treinamento.

É muito empregado por fisiculturistas, mas, como na maioria dos métodos, não há comprovação científica sobre sua eficácia, pois o intervalo entre cada sessão de treino para o mesmo grupo muscular acaba sendo muito maior que 72 horas, chegando, na verdade, a uma semana, em alguns casos.

Neste método, o praticante executará apenas um grupo muscular por sessão de treinamento, com alto volume e intensidade para o mesmo grupamento muscular. Podendo variar no número de exercícios de forma ilimitada, realizando entre 3 e 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas a 1RM (repetições máximas).


11 – Método Drop-Set - (força e hipertrofia)

O drop-set, ou série descendente pode ser caracterizado em três passos:
            1 – realização do movimento com técnica perfeita até a falha concêntrica;
            2 – redução da carga (em aproximadamente 20%), após a falha; e
            3 – prosseguimento do exercício com técnica perfeita até nova falha.
Deve-se repetir o segundo e terceiro passos até se alcançar o objetivo estabelecido para o treino.

Em exercícios de intensidades altas, ocorre progressiva queda na ativação de unidades motoras até chegar-se a um ponto em que a ativação das fibras disponíveis não seria suficiente para prosseguir o movimento, levando à interrupção do exercício. As quedas na carga, durante o drop-set, têm a finalidade justamente de contornar a fadiga, adequando o esforço às possibilidades momentâneas do músculo e, com isso, mantendo um trabalho relativo intenso por mais tempo (Gentil, 2005).

Durante o drop-set, é possível manter um grande número de unidades motoras trabalhando em esforços máximos pro períodos longos, tornando-o indicado tanto para ganhos de força quanto de hipertrofia.

Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com um mínimo de 6 repetições nas primeiras execuções e indo até a exaustão nas passagens subsequentes, dando um intervalo de 2 a 3  minutos entre as séries.


12 – Método de Repetições Roubada - (força e hipertrofia)

Neste método, o exercício é executado com a técnica correta até a falha concênctrica e, em seguida, altera-se o padrão de movimento com a finalidade de prosseguir por mais algumas repetições. As repetições roubadas só devem ser aplicadas em casos específicos, levando-se em conta a característica do indivíduo e do exercício, do contrário, os resultados serão irrelevantes diante do risco aumentado de lesões.

O método das repetições roubadas não consiste simplesmente em realizar um movimento de maneira errada. As alterações no padrão motor só devem ocorrer diante da impossibilidade de execução de forma correta, ou seja, o movimento é executado de forma estrita até que não seja mais possível fazê-lo e só então o padrão motor é alterado. É essencial que haja um perfeito conhecimento não só da técnica correta, mas também dos aspectos biomecânicos dos exercícios, pois as alterações no padrão motor deverão ser aplicadas nos momentos e intensidades suficientes para vencer o ponto de quebra.

Estas limitações tornam as repetições roubadas o último método a ser usado, dentro de uma escala temporal.

A explicação para utilização deste método estaria próxima às repetições forçadas, com a vantagem de não depender de parceiros de treino. A alteração no padrão de movimento adapta o exercício à possibilidade de trabalho relativa do músculo, pois as modificações biomecânicas incluem músculos acessórios, outras fibras ou alteram a relação de alavancas, o que pode reduzir o esforço absoluto do músculo fadigado. Desse modo, pode-se prolongar o trabalho, aumentando a magnitude dos estímulos, inclusive para unidades motoras que não estejam fadigadas e que provavelmente seriam menos estimuladas se o exercício fosse interrompido.

Tendo em vista a grande variedade de métodos conhecidos, seria pouco prudente e desnecessário utilizar repetições roubadas em alunos iniciantes e intermediários, ou mesmo em alunos avançados que não estejam habituados com determinado exercício. Nossa recomendação é que somente alunos avançados com vivência na tarefa motora específica o utilizem. Além da questão individual, a escolha do exercício também deve ser criteriosa. É comum ver pessoas se expondo perigosamente ao utilizar repetições roubadas em movimentos em que o método não seria recomendado como, por exemplo, agachamentos, levantamento terra e supinos com barras.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Métodos de treinamento [ Artigo 3 ]

7 – Método da Pré-Exaustão - (força e hipertrofia)
 
Consiste em realizar um exercício de isolamento (uniarticular) seguido de um exercício composto, ambos envolvendo um grupo muscular em comum. Apesar de não possuir um embasamento científico definido, este método é comumente usado com a finalidade de enfatizar a musculatura trabalhada de forma isolada no primeiro exercício.
 
Segundo Fleck e Kraemer (1999), citados por Gentil (2005), na execução de exercícios para grupamentos musculares menores, antecedendo movimentos biarticulares, causariam sua menor ativação, devido à fadiga, impondo maior tensão aos demais músculos, ou seja a utilização prévia de um exercício de isolamento antes de um exercício composto fará com que haja menor ativação da musculatura trabalhada no primeiro momento, aumentando a atividade relativa dos músculos acessórios.
 
O objetivo deste método é levar a musculatura a exaustão (fadiga), através da utilização de alavancas que favoreçam uma maior solicitação da musculatura principal. Alguns estudos sugeriram que unidades motoras adicionais seriam recrutadas para compensar a perda de funcionalidade de outras. Além das unidades motoras de um mesmo músculo, devemos levar em consideração a atividade de outros grupamentos musculares. Em movimentos complexos, a menor ativação de unidades motoras em um músculo é contornada por alterações do padrão motor, com maior ativação dos demais músculos envolvidos no movimento, inclusive recrutando, primariamente, músculos que outrora eram meros coadjuvantes.
 
Tecnicamente, o uso da pré-exaustão, na verdade, estaria mais próximo ao uso do bi-set, produzindo as mesmas alterações fisiológicas.
 
Neste método, utiliza-se de 2 a 4 séries, com 6 a 20 repetições, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.
 
Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação, e preferencialmente em aparelhos próximos uns dos outros.
 
 
8 – Método da Exaustão - (força, hipertrofia e resistência muscular)
 
Este método consiste em realizar as repetições até a exaustão. As repetições serão finalizadas quando a fase concêntrica do movimento não for completada (falha concêntrica momentânea), portanto, quando o padrão do movimento estiver comprometido.
 
Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com a máximo de repetições, dando um intervalo de 30 segundos para resistência muscular, até 1 minuto e 30 segundos para hipertrofia, e maior que 3 minutos para força máxima.
 
 
9 – Método de Repetições Forçadas (Excêntrica) - (força e hipertrofia)
 
Durante as repetições forçadas, executa-se normalmente o movimento até a impossibilidade de mover a carga. Quando for detectada a falha na fase concêntrica, o ajudante (ou o próprio executante, quando possível) deve utilizar a quantidade de força necessária para que o movimento concêntrico prossiga em sua cadência natural. O movimento “forçado” deverá prosseguir até que es atinja a o objetivo desejado (tempo sob tensão, número de repetições, etc.) ou que haja necessidade de excessiva aplicação de força auxiliar.
 
A ajuda só deve ocorrer nos momentos e ângulos em que a falha for detectada e somente com a força necessária para fazer o movimento prosseguir. Do contrário, o método não intensificará o exercício e sim o tornará mais fácil.
 
Durante o movimento excêntrico, há facilidade de suportar cargas elevadas, mesmo com um menor número de unidades motoras sendo ativadas. Ao utilizar auxílio na fase concêntrica, pode-se progredir no exercício ainda que não haja mais possibilidade de se “levantar” a carga, o que trará uma maior tensão e maiores estímulos ao músculo.
 
O uso de repetições excêntricas oferece maior tensão, no entanto produz alterações em outros fatores fisiológicos, como o acúmulo de metabólitos e níveis de lactato. Desta forma, é interessante usar cargas altas e intervalos mais longos durante o método de repetições forçadas, para melhor aproveitar o componente tensional, tendo em vista sua baixa alteração em parâmetros metabólicos.
 
Segundo Gentil (2005), citando Folland et al., 2001, o método de repetições forçadas não é recomendado para alunos iniciantes e intermediários, tendo em vista que um treino intenso com repetições excêntricas realizadas pode levar a prejuízos nos ganhos de força por até 5 semanas.
 
Na aplicação do método das repetições forçadas, devem-se observar alguns pontos:
- Devido a sua alta intensidade, potencial de overtraining e lesões em ligamentos e tendões, não é recomendado seu uso por períodos muito longos de tempo (tempo recomendado: entre 4 e 6 semanas);
- É importante adequar o volume de treino, evitando usar o método em um grande número de séries. Realizar repetições roubadas em 1 a 3 séries por treino parece ser eficiente e seguro, lembrando que a máxima “quanto mais, melhor” não se aplica aqui;
- Os intervalos de descanso devem ser ajustados para manter a qualidade do treino, mantendo uma média de 2 a 4 minutos entre as séries;
- só deve ser usado em alunos avançados.
 
O objetivo deste método é o aumento da carga na fase excêntrica, que permite a desintegração das pontes cruzadas de actomiosina (componentes internos que formam as fibras musculares, e geram a ação da contração muscular), o que promove uma grande fricção interna.
 
Através de repetições negativas há também uma maior retenção sangüínea fora do músculo e quando a musculatura relaxa há um aumento da perfusão sangüínea (entrada lenta e contínua de líquidos nos vasos sangüíneos), o que favorece a hipertrofia.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Métodos de treinamento [ Artigo 2 ]

Fala marombeiros, bom galera por sorte na casa da minha vó onde estou passando o natal e o ano novo tem internet, acho que vai dá para postar coisas novas a vocês todos os dias.
Comi muita besteira nesse natal... Rango da "vovó" é sempre bom né?
Pois então vamos lá.
Primeiramente gostaria de dizer que um amigo meu que me ajuda a revisar os tópicos do blog, deu  uma olhada nos métodos de treinamento e acabou tirando 2 métodos pois ja estão ultrapassados, ou seja ao invés de 21 são apenas 19.

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4 – Método Tri-Set - (hipertrofia)

Consiste na realização de 3 exercícios consecutivos, sem intervalos entre eles, para o mesmo grupo muscular. Sua base é similar à do bi-set, com um estímulo ainda mais prolongado.

Os exercícios podem ser agrupados para estimular um único grupo com o objetivo de atingir porções distintas da mesma musculatura, procurando sempre isolar as porções do grupo muscular trabalhado, pode também ser usado para grupos musculares antagonistas ou diferentes. É um método muito usado para grupos musculares que possuem 2 ou 3 porções.

O objetivo do método é gerar congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo na região) e desenvolvimento das varias porções do grupo muscular. A ausência de intervalo entre as séries pode favorecer uma pequena melhora na aptidão cardiorespiratória.

Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas, após três exercícios sem pausa.

Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação.


5 – Método Super-Set - (hipertrofia)

Consiste na realização consecutiva de vários exercícios para o mesmo grupo muscular.

- Para o mesmo grupo muscular – (hipertrofia)

Consiste na realização de mais de 4 exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, um atrás do outro, até completar o total superior a quatro exercícios sem pausa. Após a execução do último exercício, há uma pausa, para então realizar a segunda passagem e depois a terceira.

Neste método, utiliza-se em média 3 séries, com 10 repetições, dando um intervalo de até 2 minutos após os quatro exercícios diretos.

- Agonísta / Antagonista - (força e hipertrofia)

Este método lembra o bi-set, porém os exercícios executados são direcionados a grupamentos musculares antagônicos (exemplo: realiza-se extensão de joelhos seguida de flexão de joelhos). Ou seja, consiste na realização de dois exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, porém respeitando a seqüência: primeiro o agonista, depois o respectivo antagonista. Após a execução do segundo exercício, segue-se a segunda passagem.

A contração voluntária de um músculo faz com que o seu antagonista também seja ativado, supostamente com a finalidade de criar estabilidade articular, em um processo denominado co-contração. Portanto, por mais que se exercite um músculo, é mantido um certo grau de atividade na musculatura oposta. Esta atividade contínua durante o super-set pode ser útil na manutenção do estresse metabólico, aumentando a concentração de metabólicos.

Agora se o intuito for produzir estímulos tensionais em seus níveis máximos, é importante observar o estado de fadiga e utilizar intervalos de descanso entre os exercícios, em vez de executá-los um após o outro, imediatamente.

Quando formos calcular os intervalos no super-set, devemos ter em mente o tempo que se levará para retornar ao mesmo exercício, incluindo o tempo de deslocamento entre aparelhos e preparação em cada um. Por exemplo, se houver um intervalo de 40 a 60 segundos entre os exercícios, normalmente gastam-se, aproximadamente, 2 a 3 minutos para se retornar ao primeiro movimento. Se quisermos que o tempo de intervalo entre as séries de um mesmo exercício fique entre 45 a 75 segundos, devemos dar intervalos entre 0 a 15 segundos entre os exercícios.

Entre as principais vantagens deste método estão seu dinamismo e a redução do tempo total de treino. Por possuir descansos reduzidos, os treinos em super-set promovem grandes elevações no metabolismo, elevando o gasto calórico e causando uma sensação de cansaço generalizado, diferente da maioria dos treinos.


6 – Método do Treinamento em Circuito - (condicionamento físico e resistência muscular)

É, sem dúvida, o método de treinamento de força mais usado com iniciantes. Este método consiste em realizar diversos exercícios com um intervalo controlado mínimo (aproximadamente 15 segundos), ou sem intervalo, entre eles. Este método é um dos únicos em que a carga deve ser moderada. Isso significa trabalhar próximo de 40 a 60% de 1 RM (repetição máxima).

O número de exercícios é definido conforme o objetivo e o grau de treinabilidade do praticante, e pode-se utilizar mias de uma passagem pelo circuito (nesse caso, em vez de utilizarmos a denominação duas séries, utilizamos duas passagens).

Caso o praticante seja iniciante, é adequado que a seqüência dos exercícios esteja baseada na montagem alternada por segmento, o que significa alternar, por exemplo, exercícios para membros superiores e exercícios para membros inferiores.

Neste método, utiliza-se em média 1 a 3 passagens, de 12 a 20 repetições, dando um intervalo de no máximo 15 segundos entre exercícios.


[ESSA É UMA CONTINUAÇÃO DE UM ARTIGO, CLIQUE AQUI CASO AINDA NÃO TENHA VISTO]

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Aviso administrativo

Olá marombeiros,
como já havia sido dito aqui no blog a equipe estara viajando entre os dias 24/12/2009 ate o dia 01/01/2010.
Por tanto durante esse tempo não haverá artigos novos no blog.
*Talvez eu irei postar o artigo sobre método de treino normalmente. (Caso tenha PC onde eu vou estar).

Vou fazer de tudo para conseguir dá uma atualizada no blog de vez enquanto.
Dia 02/01/2010. A equipe volta ao normal.

Sobre os projetos para 2010.

Bom o designer novo eu já consegui a partir do dia 01/01/2010 o novo template do blog começara a ser desenvolvido pela equipe da “www.mhdsg.br.tc”. Já foi tudo combinado porem a equipe só volta a funcionar normalmente dia 01/01.
Estamos estudando a possibilidade de inserirmos enquetes aqui no blog.

No mais, tenham um feliz natal é um ótimo 2010. Que aconteçam coisas maravilhosas na vida de vocês e é claro. Muitos músculos, muita força muito anabolismo em 2010!

Desistir? - NUNCA!

Grande abraço.
Equipe, PuroMuc.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Métodos de treinamento [ Artigo 1 ]

Olá, estamos com 21 métodos e conceitos de treinamentos para soltar a vocês, só que esse artigo se trata de um artigo especial e “grande”, se colocarmos todos os 21 métodos em 1 artigo só.
Provavelmente ninguém vai ler todos pois ficara cansativo.
Adotei então uma estrategia, irei soltar 3 métodos por dia.
Os artigos irão se chamar por exemplo:
* Métodos de treinamento [ Artigo 1 ];
* Métodos de treinamento [ Artigo 2 ];
e etc.

Assim que todos os métodos estiverem no site, irei um criar um post de relação entre eles.



Vamos ao que interessa.




MÉTODOS E SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA




O treinamento de força atualmente exerce um papel importante no condicionamento físico geral, na performance esportiva, na reabilitação de lesões e no aumento da massa muscular. Para se chegar aos objetivos desejados, existem diversos métodos e sistemas de treinamento, o que gera muita polêmica sobre a superioridade de um sobre o outro.


Porém, esta questão deve ser vista com muito cuidado, pois existem poucos estudos sobre os vários métodos, e dificilmente alguém poderá afirmar que um é melhor que o outro. O que ocorre muitas vezes é que uma pessoa pode responder melhor ou pior a um determinado sistema, o que não significa que ele seja “o melhor ou o pior”, mas que este indivíduo respondeu de forma mais positiva ou negativa; afinal, quando falamos do aumento de massa muscular ou força, muitas variáveis devem ser levadas em consideração, e não somente o treinamento.


O método de treinamento é uma categoria fundamental do processo de treinamento, pois é através dele que utilizaremos os exercícios específicos para obter resultados previamente planejados, ou seja, é a forma que se utiliza um determinado meio para atingir uma determinada direção. Sendo que, a seleção do método está ligada a direção do efeito potencial conseguido e este deverá estar de acordo com o efeito previamente planejado.


Este artigo apresenta alguns métodos usados no treinamento de força voltado para hipertrofia, e possíveis explicações para seus mecanismos de atuação e manipulações para maximizar seus resultados.


Antes de aplicá-los, é importante conhecê-los e ter consciência de usá-los racionalmente, na pessoa correta e no momento adequado. Pois o método só será eficaz se considerado três questões: a quem se destina, quando aplicá-lo e o que se quer obter desse método, isto é, qual a tarefa que será resolvida por ele (aumentar a força máxima, resistência muscular, hipertrofia muscular e outros).




Método Isotônico


Para o desenvolvimento da força através do método isotônico utiliza-se de 90 a 100 por cento da força máxima do grupo muscular a ser desenvolvido, utilizando-se de 4 a 6 grupos, tendo cada um deles de 1 a 4 repetições, dependendo do percentual de peso utilizado para o desenvolvimento de força pura. No treinamento de força pura, é necessário que a musculatura esteja bem recuperada para que o trabalho se realize em níveis ótimos.


No trabalho de hipertrofia muscular devem ser utilizados 3 a 6 séries com 5 a 15 repetições. O descanso entre a realização das séries será de 30 segundos a 5 minutos, variando em função do esforço desenvolvido. Os efeitos produzidos por este treinamento se apresentam com o aumento da seção transversa do músculo com também o aumento da força muscular dinâmica, sendo esse um dos melhores métodos para esse desenvolvimento.


A principal desvantagem do método isotônico é que se for empregada tensão isotônica em todo o percurso do movimento, somente em um ponto se atingirá a tensão máxima.


O método isotônico pode ser subdividido em:


1 – Método das Múltiplas Séries - força, hipertrofia, resistência muscular e potência)


Neste método utilizam-se mais de uma série por grupo muscular (sendo 2 ou 3 séries de aquecimento com cargas sucessivamente maiores, seguidas por várias séries com a mesma carga), e esse número depende do objetivo e do estado de treinamento do praticante. Não há regra exata sobre o número de séries, repetições ou exercícios.


Essas variáveis serão ministradas conforme o tipo de treinamento, seja para aumento da massa muscular, resistência muscular, potência ou força máxima.


Se o objetivo do treinamento for hipetrofia muscular, deve-se utilizar em média de 2 a 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas às repetições máximas (de 70 a 90%) – dependendo no nível de adaptação do aluno – e utilizar um intervalo entre as séries de 1 minuto e 30 segundos a no máximo 2 minutos.


No entanto, se o objetivo for desenvolver a força máxima, o número de séries deve ser superior ao citado acima (de 4 a 6 séries), variando entre 2 a 6 repetições e com um percentual de carga superior a 85% de 1RM (repetição máxima), utilizando um intervalo de no mínimo 3 minutos. Entretanto este treinamento deve ser realizado por indivíduos que já tenham um nível de adaptação no treinamento de força, ou seja, não deve ser utilizado por iniciantes.




2 – Método da Pirâmide - (força e hipertrofia)


A pirâmide pode ser de dois tipos: crescente e decrescente.


- Pirâmide Crescente


Atualmente, a pirâmide crescente é usada com repetições máximas ou submáximas – sem a preocupação aparente de não gerar fadiga – com uma progressiva diminuição das repetições e aumento das cargas. Desta forma, a pirâmide crescente consiste em aumentar a carga e diminuir o número de repetições ao longo da série.


É comum ver a indicação deste método para ganhos de força ou como meio de se treinar com cargas altas. Tal prática sugere que, com a pirâmide, haja preparação para o uso de cargas elevadas, por meio do aquecimento da musculatura, tornando-a mais apta e preparada para as séries finais.


Estudos recentes mostram que o uso de pirâmide crescente não produz vantagens adicionais para o ganho de força, sendo superada por diversos outros métodos. Com relação à hipertrofia, também se deve ter cuidado na aplicação da pirâmide, mantendo as repetições dentro de níveis controlados (como de 12 a 8). Caso contrário, corre-se o risco de gerar estímulos muito divergentes e em quantidade insuficiente para potencializar as adaptações necessárias para a hipertrofia (Gentil, 2005).


A aplicação mais recomendada da pirâmide seria como artifício didático, como nos casos de alunos que estejam treinando com repetições altas há muito tempo e sintam dificuldade em utilizar repetições baixas e cargas altas. Nesses casos, as séries em pirâmides poderiam servir como preparação psicomotora.


- Pirâmide Truncada Crescente


Esse método é a cópia do método pirâmide crescente, sendo que o indivíduo não necessita chegar aos 100% da força máxima do grupamento muscular, podendo atingir até aos 90% dessa força máxima (Rodrigues e Carnaval, 1985).


- Pirâmide Decrescente


Na pirâmide decrescente utilizada atualmente, realiza-se um pequeno número de repetições como cargas elevadas, com progressiva redução da carga e aumento do número de repetições. Lembrando que nesta versão atual, as repetições são realizadas até a fadiga ou próximas a ela, na maior parte dos casos.


Apesar de ser a versão menos conhecida, esta é a que encontra maior amparo da fisiologia. A utilização de cargas mais elevadas no começo da série aproveitaria o estado neural para fornecer estímulos tensionais. As séries seguintes, que porventura tenham características metabólicas, seriam iniciadas com estresse bioquímico mais acentuado, o que poderia ser benéfico para hipertrofia.


Este método de treinamento seria útil para adaptar na transição de treinos tensionais para metabólicos em pessoas acostumadas a treinar com repetições baixas por muito tempo.


- Pirâmide Truncada Decrescente


Esse método é a cópia do método pirâmide decrescente, sendo que o indivíduo não começa dos 100% de carga. Ele vai diminuindo a carga a partir de 90% da força máxima, respeitando-se o número de repetições de acordo com o percentual de peso utilizado (Rodrigues e Carnaval, 1985).




3 – Método Bi-Set - (hipertrofia)


Consiste na realização de dois exercícios consecutivos, sem descanso, para o mesmo grupo muscular. O objetivo deste método é gerar um aumento da congestão sanguínea (aumento do fluxo sanguíneo) na musculatura, fenômeno relacionado ao aumento da massa muscular.


Podemos justificar o uso deste método por meio dos conceitos vistos no drop-set e na pré-exaustão, acrescentando a variação intencional no padrão motor. Ao final do primeiro exercício, um determinado número de unidades motoras não poderia mais ser recrutado, impedindo a execução do movimento, porém a mudança para um exercício com padrões motores diferentes (e cargas adequadas à nova condição) permitiria o prosseguimento do estímulo, aumentando o temo sob tensão e prolongando o estresse metabólico


O maior tempo sob tensão seria interessante para aproveitar estímulos tensionais; já a contração prolongada poderá causar, além do acúmulo de metabólitos, aumento posterior na circulação, com maior disponibilidade de nutrientes.


Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas.

Oclusão Vascular

A oclusão vascular combinada com exercícios de força tem sido discutida no meio científico já há algum tempo, com evidências de alterações importantes desde 1974. A oclusão consiste em aplicar pressão controlada em uma região, com uso de equipamentos que permitam o controle da pressão exercida (como o esfigmomanômetro e manguito para aferição da pressão arterial).

A aplicação da pressão em algum segmento (coxa, braço...), associada à execução de exercício de resistência, tem influenciado a concentração de hormônio do crescimento, ocorrendo maior liberação endócrina após a aplicação da técnica. Agora vem a questão: vou executar meus exercícios de força associados a aplicação de oclusão vascular? Durante os cursos e discussões sobre o tema que ministramos no campo da prescrição do exercício físico, essa questão sempre aparece.

Por meio de consulta a alguns ensaios científicos é possível identificar o sucesso do sistema, com resultados na hipertrofia. O problema está na generalização dessas informações. Vamos analisar dois trabalhos experimentais para discutir a aplicação da técnica. Não é o objetivo fechar a discussão, apenas mostrar outra forma de analisar as informações em trabalhos respeitados.

Em 2000, Takarada e colaboradores publicaram um ensaio experimental feito em pacientes que passaram por reconstrução do ligamento cruzado anterior (lesão de joelho comum em atletas ou esportistas recreacionais). O grupo tratado recebia duas sessões diárias, do 3º ao 14º dia depois da operação, de oclusão vascular (pressão média de 238 mmHg) por cinco minutos com intervalo de três, compondo cinco repetições por sessão.

O grupo controle não recebeu nenhum tratamento pelo mesmo período de análise após a cirurgia. Com uso de ressonância magnética percebeu-se que o grupo controle perdeu mais área de secção transversa dos músculos da coxa que o grupo que recebia a oclusão (extensores: 20,7% X 9,4%, flexores: 11,3% X 9,2%, respectivamente). O uso da oclusão no método acima diminui a perda de massa muscular após esse tipo de cirurgia.

Esse trabalho destaca bem a aplicação da oclusão vascular: em pessoas debilitadas, em estados de incapacidade para suportar cargas. São situações nas quais a atividade física está limitada e o uso da oclusão pode facilitar o processo de melhora da qualidade de vida por qualquer limitação física que resulte em diminuição da massa muscular.

Outro estudo, agora em 2009, aplicou protocolo de treinamento físico em senhoras, por 16 semanas. Foi executado o movimento de flexão de cotovelos em três séries com repetições máximas. O grupo que recebeu a oclusão (110 mmHg) executou a flexão entre 30-50% da Uma Repetição Máxima, enquanto outro grupo executou a mesma intensidade sem oclusão e um terceiro grupo executou o exercício com carga de 80% da 1RM.

Ao final do experimento houve aumento da área de secção transversa dos flexores de cotovelos, com o grupo que recebia a oclusão vascular alcançando maior hipertrofia que o grupo sem oclusão, mas estatisticamente igual ao grupo com a carga mais elevada. O trabalho termina com a seguinte conclusão: “a combinação de baixa intensidade de exercício e oclusão vascular moderada é um meio potencial para acelerar a recuperação de massa e força muscular de pessoas idosas”.

É importante lembrar que oclusão vascular de baixa intensidade (50 a 100 mmHg) associada a baixa intensidade do treino de força (até 20% da 1RM) já promovem hipertrofia em três semanas. A técnica tem valor para condições especiais.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Qual a idade certa para começar a "TREINAR" ?

Qual a idade certa para começar a malharNa realidade não existe uma idade certa, a pessoa deve começar no momento em que sentir vontade e achar que precisa ou deseja. Mas a questão é que você nunca deve iniciar algum exercício físico sem antes consultar um médico para ver se você se encontra em perfeito estado, se pode puxar peso, se pode correr a vontade, forçar os músculos e principalmente o coração.

Vale lembrar que a maioria dos campões de fisiculturismo começam cedo, na margem dos 12/13 anos de idade.

Grande abraço!

Novidades PuroMuc 2010!

Olá leitores(as) do puro muc.
Primeiramente gostaria de desejar a todos um feliz natal e um ótimo 2010.
Bom, estamos pensando em “mudar”, um pouco o blog. Fiz alguns projetos como por exemplo contratar um serviço de webmaster para a optimização do blog ou seja deixa-lo mais rápido e prático.
Em 2010 também iremos sair as ruas para realizar várias pesquisas interativas com o tema "Musculação", o assunto será sugerido por vocês.
Nos temos um "fundo de dinheiro" que ganhamos através de publicidade, esse dinheiro é investido no blog como por exemplo em publicidade, no mês que a renda do blog foi boa investimos em uma agência e ganhamos 14 mil visitas em 1 mês, o resultado foi tão bom que o reflexo disso esta no blog ate hoje.
Mais infelizmente, nos últimos 2 meses conseguimos arrecadar apenas 46,75 R$ com publicidade, esse valor não dá nem para começar a desenvolver os projetos para o ano que vem. “Por isso não quero prometer nada, são apenas projetos”.


Bom é isso ai galera resumindo tudo:
* Designer novo mais rápido e mais pratico.
* Pesquisas
* Mais Publicidade
* Mais interatividade com os leitores.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Decanoato de Nandrolona - Deca Durabolin

DECAONATO DE NANDROLONA
A pratica de exercícios físicos, em especial a musculação, vêm sendo amplamente realizada por pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida.
Porém, a musculação também é utilizada por atletas e pessoas que buscam um melhor rendimento físico ou estético, sendo muitas vezes a uso de drogas para maximizar seus resultados.
Nesse sentido uma das drogas mais utilizadas por freqüentadores de academias é a Nandrolona (Barquilha, 2009).
A nandrolona (também conhecida como deca-durabolin) é um andrógeno sintético, tendo ação anabolizante prolongada de até três semanas (Kutscher et al., 2002), podendo estimular o crescimento e a resistência celular.
Sua estrutura é parecida com a testosterona, porém não possui o carbono da posição 19, daí o nome 19Nor-testosterona, essa pequena mudança é faz com que ela não seja convertida em DHT (dihidrotestosterona) pela enzima 5-alfa-reductase (5AR) como normalmente acontece com a testosterona, conferindo então menores efeitos androgênios se comparado a testosterona.
Essa droga é utilizada na regeneração de diversos tecidos, como o sangüíneo, córneo e outros. Ela é classificada como um andrógeno não aromatizavel decorrente da baixa conversão a estrógeno, minimizando efeitos femininos em grandes doses desse hormônio (Kuhn, 2002; Cunha et al., 2006), e nas mulheres essa droga apresenta menor virilização quando comparada a testosterona, porém ainda assim pode causar tal efeito.
A via de administração da nandrolona é intramuscular ou oral. Ele é encontrado na urina como 19-nortestosterona e seus metabólitos; 19 norandrosterona e 19-noretiocholanolona, que podem ser detectados por um longo período de tempo na urina, sendo geralmente a norandrosterona presente em maior concentração (Guimarães e Alves).
Um dos principais benefícios com a prática de exercícios físicos é a cardioproteção, sendo que o uso da nandrolona parece anular esse efeito positivo decorrente do exercício, o que corrobora com o fato de serem encontradas lesões freqüentemente nos corações de indivíduos que fazem uso de altas doses de anabolizante (Chaves et al, 2007).
Além disso, outros possíveis efeitos colaterais podem ser encontrados com o uso, como acnes, calvície, libido, possível ruptura de tendão decorrente do aumento exorbitante de massa muscular, aumento do colesterol LDL, infarto agudo do miocárdio, morte súbita por hipertrofia ventricular esquerda.
Quando utilizados na puberdade, causam o fechamento das epífises ósseas, acarretando déficit final do crescimento em conseqüência do amadurecimento ósseo precoce, atrofia do tecido testicular, infertilidade, impotência, dificuldade ou dor para urinar e hipertrofia prostática, tumores hepáticos e de próstata.
Na mulher, pode ocorrer a masculinização, evidenciada pelo engrossamento de voz e crescimento de pêlos no corpo no padrão de distribuição masculino; irregularidade menstrual e aumento do clitóris. (Fineschi et al., 2001). Fatores psicológicos também são alterados, como irritabilidade.
A sua utilização fica geralmente entre 200 à 800mg por semana em homens, sendo que sua meia vida é geralmente de 6 dias.
Geralmente essa droga á associada com alguma testosterona de ação média ou longa, como por exemplo a oximetolona (fabricado com o nome comercial de Hemogenin) e a metandrostenolona (conhecida como Dianabol).
Sua dosagem então vai variar do período da forma como estiver usando e sua pré-disposição a ter ou não demasiada retenção hídrica com a mesma.
A Deca-Durabolin é produzida no Brasil pela empresa farmacêutica Organon, em ampolas de um mililitro com a concentração de 25 ou 50 miligramas/ampola.

REFERÊNCIAS
LARSSON, C.E. et al. Terapêutica tópica e sistêmica: pele, ouvido e olho. In: ANDRADE, S.F. Manual de terapêutica veterinária. 2.ed. São Paulo : Roca, 2002. p.116-178.
BARQUILHA, G. Uma analise da incidência de efeitos colaterais em usuários de anabolizante da cidade de Bauru. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 03, p. 146-153, 2009.
CHAVES, E. A.; PEREIRA-JUNIOR, P. P.; FORTUNATO, R. S.; CARVALHO, D. P.; NASCIMENTO, J. H. M.; OLIVEIRA, M. F. Cardioproteção induzida pelo exercício é prejudicada pelo tratamento com o anabolizante decanoato de nandrolona. Brazilian Journal of Biomotricity. v. 1, n. 3, p. 46-55, 2007
CUNHA TS, TANNO A.N, MARCONDES, F.K.; PEREZ, S.E.A., SELISTRE-ARAUJO, H.S. A administração de nandrolona não promove hipertrofia do músculo sóleo em ratos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 2006; 50(3): 532-540.
FINESCHI V, BAROLDI G, MONCIOTTI F, PAGLICCI REATTELLI L, TURILLAZZI E. Anabolic steroid abuse and cardiac sudden death: a pathologic study. Arch Pathol Lab Med. 2001; 125(2): 253-255.
GUIMARÃES WAM, ALVES SCC. Efeitos Crônicos do Treinamento de Forca Associado ao uso do Decanoato de Nandrolona sobre as Reservas de Glicogênio Muscular e Hepatico em Ratos. http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/255.pdf
KUTSCHER EC, LUND BC, PERRY PJ. Anabolic steroids: a review for the clinician. Sports Med. 2002; 32(5): 285-96.
KUHN, CM. Anabolic steroids. Recent Prog Horm Res. 2002; 57: 411-434.
1. Pharmacokinetic parameters of nandrolone (19-nortestosterone) after intramuscular administration of nandrolone decanoate (Deca-Durabolin) to healthy volunteers;
2. Impact of Nandrolone Decanoate on Gene Expression in Endocrine Systems Related to the Adverse Effects of Anabolic Androgenic Steroids;
3. Anabolic androgenic steroids differentially affect social behaviors in adolescent and adult male Syrian hamsters – Salas-Ramirez KY, Montalto PR, Sisk CL;

“ATENÇÃO: ESTEROIDES ANABOLIZANTES SÃO MEDICAMENTOS O SEU USO SEM A PRESCRIÇÃO DE UM MÉDICO PODE TRAZER DANOS A SAÚDE E LEVAR A MORTE.
ESTE ARTIGO TEM COMO INTUITO APENAS INFORMATIZAR SOBRE OS BENEFICIOS E OS RISCOS DOS ANABOLIZANTES.
NÃO FAZEMOS APOLOGIA AO USO DOS MESMO. A COMPRA DESSES MEDICAMENTOS SEM A RECEITA MEDICA É ILEGAL.!”

Brasil não combate o doping

Anunciado como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Brasil registrou 30 casos só este ano. Falta uma política nacional para evitar que o problema continue

O jornal Correio Braziliense apresentou em 16 de novembro de 2009 uma matéria crítica sobre a situação do controle antidoping no Brasil. Por falta de organização, os testes são escassos e geralmente realizados em épocas em que as drogas não podem ser detectadas, facilitando a vida de quem trapaceia.
É bom lembrar que o doping está inserido em praticamente todas as modalidades esportivas, não sendo um problema exclusivo dos campeonatos de fisiculturismo e halterofilismo.
Leia a matéria completa abaixo:
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Brasil não combate o doping
Anunciado como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Brasil registrou 30 casos só este ano. Falta uma política nacional para evitar que o problema continue
# Thalita Kalix
Um teste surpresa feito pela Federação Internacional de Ginástica acusou que Daiane dos Santos estava dopada. O resultado, anunciado no último 30 de outubro, foi o mais chocante, mas não o único caso de doping a chamar atenção do Brasil. Em agosto, dez dias antes do Mundial de atletismo, cinco brasileiros foram pegos nos testes também — e voltaram para casa. À parte às controvérsias se o número está ou não dentro da normalidade, ele reflete uma realidade grave do país que vai receber os Jogos Olímpicos de 2016: o Brasil não tem uma política de combate ao doping.
O Ministério do Esporte tem uma Comissão de Combate ao Doping, mas a única função do órgão, criado em 2004, é aprovar a lista de substâncias da Agência Mundial Antidoping (WADA). “A comissão foi criada para manter a legislação brasileira de acordo com a internacional”, justifica o médico Eduardo de Rose, membro do Comitê Olímpico Brasileiro e presidente da Comissão. “Eventualmente, ela poderia até fazer algo, mas não tem recursos para isso”, justifica.
Alexandre Pagnani, membro da comissão, presidente da Associação Brasileira de Estudo e Combate ao Doping (ABECD) e presidente da Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação, reclama que o problema vai além. Como a comissão é subordinada ao Conselho Nacional do Esporte (CNE), nem as orientações que dá são necessariamente acatadas e chegam a virar ação. “Montar a comissão, do jeito que ela está, simplesmente para se reunir uma vez por ano para aprovar a lista de substâncias, que por lei tem que passar por aprovação, e depois passa na CNE, está sendo inútil.”
Mas há quem defenda o funcionamento da comissão. Para o representante do Conselho Federal de Educação Física, Alexandre Nunes, o grupo cumpre o seu papel dentro do possível. “O andamento dentro do processo democrático é lento. Mas discutimos as demandas que os representantes das 13 instituições levam.” E ele destaca que o papel de combate ao doping será feito pela Agência Brasileira Antidoping (ADA). “Qualquer fiscalização em um país do tamanho do Brasil é difícil. As confederações têm dificuldades e nem a comissão nem o ministério têm poder de gerir isso.”
A comissão se reunirá hoje, e a pauta, mais uma vez, é apenas a lista de substâncias da WADA. O e-mail de convocação para os membros diz que “outros assuntos serão pautados oportunamente”.
Poucos encontros
A Comissão foi criada em 2004. Ela tem 13 membros: representantes de órgãos do governo, do esporte e da sociedade, ligados ao tema doping. De acordo com os membros, já houve anos em que foram realizadas quatro reuniões. Em 2009 só uma aconteceu, por enquanto.

Muitas promessas, nenhuma ação
Como a Comissão de Combate ao Doping não tem poder de decisão nenhum, não há quem responda pelo tema no Ministério do Esporte. Alexandre Pagnani denuncia que o governo prometeu ajudar as confederações nacionais, cedendo cotas de análise de doping, no Ladetec, mas não pagou.
“Desde 2006 o governo prometeu cotas de controle de exame antidoping, tanto aos esportes olímpicos quanto aos não olímpicos, e não cumpriu com seu papel na doação dessas cotas de análise de controle. A alegação do governo, e visitei várias áreas do ministério, é que não existe dotação e nem rubrica orçamentária específicas para a ação do sistema de controle antidoping.” A confusão começa por não saber a quem reportar sobre o tema, dentro do ministério, denuncia Pagnani. “O alto rendimento declarou, pelo antigo secretário, que não é competência dele, a ciências e tecnologia, não é competência dela, a educacional, não é competência dela, de quem é então? Estamos no limbo.”
Procurado pela reportagem do Correio, o Ministério do Esporte simplesmente respondeu que neste mês de novembro, o ministério receberá a visita de uma missão da Wada que vai ajudar a definir um plano nacional antidoping que contemple a criação de uma agência e a demanda de investimentos em laboratório de controle de dopagem. Informações sobre quanto tem sido reservado do orçamento ou quem é o responsável no órgão pelo tema combate ao doping não foram prestadas.
Casos deixados ao acaso
Das 29 modalidades olímpicas, poucas fazem controles permanentes. De acordo com o médico Eduardo de Rose, maior autoridade em doping no país, futebol, atletismo, natação, ciclismo e vôlei mantêm uma boa regularidade de controle. “A maioria faz antes dos mundiais”, explica o médico.
“As demais modalidades não o fazem e só são realizados quando entra a ação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na participação dos Jogos Sul-Americano, que é o Odesur, Pan-Americano e Olimpíada. Fora isso, não existe controle”, garante Alexandre Pagnani.
O COB não quis entrar na discussão e, por meio de sua assessoria, disse apenas ter a informação dos exames feitos pelas confederações, mas que elas são confidenciais. Muitas das confederações, entretanto, confirmam: exame antidoping só nas principais competições e olhe lá. No pentatlo moderno, por exemplo, os atletas só são avaliados quando o COB pede. A razão, explica Celso Sasaqui, diretor técnico e vice-presidente da confederação, é o alto custo e o baixo número de atletas. “A gente não faz o controle com exames. É mais na confiança. Os técnicos nos avisam quando algum atleta tem que tomar um remédio que esteja na lista proibida da WADA.” Hoje, um exame completo simples, custa cerca de US$ 500 por atleta.
O custo também é o argumento da Confederação Brasileira de Esgrima, que só faz o controle no campeonato brasileiro. “É um exame um pouco caro”, justifica Edinilson Cesano, do departamento técnico da confederação. Mas ele logo lembra que o ciclo olímpico ainda está no início e garante que ano que vem o controle deve ser regular.
Pagnani questiona o argumento do custo. “Nós temos que abrir o leque de ser declarado, eu como dirigente até mesmo de um esporte polêmico (culturismo), quanto mais controle fizer, mais vai pegar. Será que é vantagem em que o mundo saiba o que acontece no Brasil? Por que não fazer esses controles? Há alegações de que não há recursos por parte das confederações — as olímpicas eu desconsidero, já que elas têm o repasse da Lei Piva, elas poderiam separar 1% desse valor que eles recebem para destinar a campanhas educativas de controle. Algumas confederações iniciam o controle e param de repente.”
Prejuízo e constrangimento
Sem dinheiro para fazer o controle regular na sua confederação, Alexandre Pagnani teve uma atleta campeã mundial pega tentando burlar o exame antidoping durante a competição: Anne Becker pôs água na urina. A punição veio em seguida para a atleta, que será suspensa, e para o técnico e a Confederação. Mas tudo isso poderia ter sido evitado, lamenta Pagnani: “É preferível que pegue aqui dentro para não nos sujeitar à multa (de dois mil dólares) e ao ridículo lá fora.”

Agência Brasileira também gera polêmica
Eduardo Nicolau/AE - 13/7/07
Eduardo de Rose diz que maioria dos esportes não realiza exames com frequência

Desde outubro do ano passado, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já abriga a Agência Brasileira Antidoping (ABA), uma exigência da Agência Mundial Antidoping (Wada) para o país. Só que ela ainda tem uma ação restrita. “A agência está em desenvolvimento. Ainda este mês devemos ter uma reunião com a Wada para tomar decisões. Mas depende de um entendimento com o Ministério do Esporte”, explica Eduardo de Rose.
O médico ainda explica que a ABA deverá ser formada por membros do comitê e do ministério, meio a meio. “Ela não pertenceria a nenhum dos dois. Tanto que pode ter sede tanto no COB quanto no Ministério. Depende do que for decidido.” A ligação intrínseca do comitê com o órgão regulador, entretanto, é questionada por Alexandre Pagnani.
“A sugestão nossa é de que a Anvisa absorva a agência, com as cabeças profissionais que o Ministério do Esporte oferece, como os que trabalham na Comissão Nacional e outros, para consolidar essa agência nacional, porque o Comitê Olímpico se ofereceu a montar a agência. Mas, numa teoria jurídica, por mais que o COB não tenha maldade, as pessoas imaginam que ele é o maior interessado em que estas situações não apareçam.” A Anvisa alega apenas que não foi contactada, mas que hoje, não tem estrutura para isso. O COB simplesmente alega estar cumprindo uma exigência da Wada.

Palavra de especialista
Críticas pesadas

“Testar atletas nas competições é mais um teste de QI do que um teste antidoping, porque o atleta precisa ser muito estúpido para ser flagrado numa competição. Você usa esteroides durante a pausa da temporada, porque é quando você constrói a base de sua força, e isso serve para vocês por meses e meses adiante durante as competições. Tem que se aumentar os testes no quarto trimestre, que é quando os atletas usam as drogas. Mas, em vez de aumentar o número dos testes no quarto período, como eu aconselhei, eles reduzem pela metade. Ou eles estão promovendo o uso de doping ou eles são ignorantes”
Victor Conte
Fundador do laboratório Balco, dos EUA, responsável pelo primeiro escândalo por uso de esteroides, com os velocistas Marion Jones e Tim Montgomery, que conquistaram medalhas olímpicas e recordes mundiais.
Estatísticas e curiosidades
A Confederação Brasileira de Futebol é a instituição que mais faz controle antidoping no país. Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro fez 600 exames pré-evento, ano passado, para ir às Olimpíadas, o esporte bretão faz cerca de quatro mil análises por ano. Esse número engloba as séries A, parte da B e da C, do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, da Libertadores e da Copa Sul-Americana. No total, o Brasil realiza de cinco a seis mil exames antidoping por ano. “Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Tem países que fazem mais de 10 mil, mas outros não fazem nem mil. Fazemos bastante, mas poderíamos fazer mais”, argumenta o médico Eduardo De Rose.
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Fonte: Jornal Correio Braziliense de 16 de novembro de 2009, caderno Super Esportes, fls. 14 e 15.

Os erros mais cometidos em dietas

1º ERRO => SER SOVINA NO CAFÉ-DA-MANHÃ

Comer pouco no café-da-manhã pode colocar o seu organismo em estado catabólico, o que causa a perda de massa muscular, retarda o metabolismo e impede a queima de gordura. Chris Aceto, autor do livro Championship Bodybuilding and Everything You Need to Know about Fat Loss, ensina que, com a baixa taxa de açúcar no sangue aliada à falta de proteínas recentemente digeridas, o corpo parece entrar num estado catabólico, no qual os músculos são mais queimados do que construídos. Aceto aconselha a comer grande quantidade de carboidratos pela manhã, o que aumenta o nível de açúcar na corrente sanguínea, aliviando, assim, a carga sobre as proteínas e a massa muscular.
Veja-se que, quando se está dormindo, a condição de jejum faz com que o organismo, à procura de energia, recorra aos músculos. O ideal, segundo o artigo, é começar o dia com 80 ou 100g de carboidratos – os de rápida digestão irão imediatamente para o sangue e aqueles que são digeridos lentamente darão energia para passar o dia – e de 30 a 50g de proteínas.

2º ERRO => A INGESTÃO DE PEQUENA QUANTIDADE DE PROTEÍNA

Chega a ser ofensivo acreditar que é excessivo comer mais de 200g de proteína por dia. Aceto explica que “a proteína é igual a um reparador de danos – quando se vai para a academia, mesmo sendo um iniciante, a fibra muscular é danificada e o ingrediente primário para a sua reconstrução é a proteína”.
A indicação da FLEX é de que o consumo de proteína precisa ser de, no mínimo, 1g por cada 1kg de nosso peso corporal todos os dias. Para hardgainers, a proporção deve ser de 1,5g a cada 1kg, por isso, a maioria dos fisiculturistas consomem, diariamente, shakes de proteína.

3º ERRO => MUITOS CARBOIDRATOS SIMPLES NA DIETA

Wuebben clareia que a escolha dos tipos de carboidratos deve ser feita com atenção, pois, a ingestão de muitos carboidratos simples pode resultar no aumento da gordura corpórea. A melhor opção é comer carboidratos de digestão lenta, tais como inhame, batata-doce, aveia e pães integrais. Já o consumo de carboidratos simples – pão branco, doces, açúcares – deve ser mínimo, exceto, é claro, imediatamente após o treino, quando é aconselhável ingerir entre 40 e 100g de carboidratos de rápida absorção, a fim de iniciar-se a reconstrução muscular.

4º ERRO => REFEIÇÕES DESBALANCEADAS
                                  
Em toda refeição, é preferível que a quantidade de proteínas esteja em equilíbrio  com a de carboidratos, porque, consoante pontua Aceto, um prato constituído de carboidratos excessivos trará picos de açúcar no sangue, a diminuição de energia e barreiras à queima de gordura. De outro lado, quando a proteína encontra-se presente em grande número e ausentes são os carboidratos (por exemplo, tomar somente whey protein após a malhação), os aminoácidos não serão efetivamente absorvidos  pelos músculos devido à carência de insulina.
A recomendação é de que a porção de proteína seja exatamente igual a de carboidrato, um para um (1:1), com uma moderada combinação de gordura saudável. Todavia, Chris diz que “se você tem o metabolismo acelerado, sinta-se à vontade para comer mais carboidratos”.

5º ERRO => ISENÇÃO DE GORDURA

É uma questão de lógica, comer gordura pode deixá-lo gordo, mas proteína e carboidrato em excesso também, logo, batatas fritas estão fora de cogitação e a boa gordura deve ser abraçada. Alimentos como ovos, salmão, carne vermelha magra e azeite de oliva são providos de “blocos de construção”  para os hormônios que regulam o crescimento e a queima de gordura.
É um erro eliminar por completo a gordura de uma dieta, pois o organismo está contantemente procurando gordura sadia, necessária à facilitação das mudanças positivas.
A FLEX indica o consumo de uma a três gemas de ovos por dia, de carne magra uma vez ao dia – a gordura saturada encontrada num bife elevará o nível de testosterona –, de óleo de oliva em saladas, de nozes, amêndoas e amendoins. Em resumo, de 15 a 30% dos nutrientes diários devem ser provenientes da gordura saudável.

6º ERRO => INDISCIPLINA

O fisiculturismo não é loteria; até mesmo aqueles que são agraciados geneticamente (Ronnie Coleman, Jay Cutler, Arnol Schwarzenegger) não moldaram seus físicos da noite para o dia. Isso leva tempo e, mais do que qualquer coisa, disciplina. Chris Aceto ensina que “você tem que ser disciplinado e comer corretamente todos os dias para atingir os seus objetivos e, assim, a seu tempo, o sucesso chegará”.

7º ERRO => COMER DEMAIS ANTES DE DORMIR

É fato que o metabolismo torna-se mais lento à noite, já que durante o dia, as pessoas são mais ativas. E, em função disso, as calorias consumidas ao final do dia ficam propensas a serem armazenadas em forma de gordura – o que acontece verdadeira e intensamente com os carboidratos.
Isso não significa que tem-se de pular a última refeição, é só se manter longe dos carboidratos antes de ir para a cama. O ideal, de acordo com Joe, é ingerir de 20 a 40g da proteína caseína (de lenta disgestão), provendo aos músculos um afluxo constante de aminoácidos durante o sono, o que manterá o anabolismo, não o catabolismo.

8º ERRO => NÃO DEFINIR UM OBJETIVO

Em qualquer coisa que se faça, primeiramente deve-se delinear, jamais vagamente, uma meta. O objetivo precisa ser tangível, específico, claro. Com dietas não é diferente. Apenas dizer que quer ficar grande e enxuto não basta; requer-se uma dieta nutricional diferenciada. Por que os fisiculturistas devem seguir dietas diferentes antes de uma competição e fora de temporada?
Não adianta fixar um objetivo de ganhar 10kg de massa muscular e comer como um passarinho. Você deve comer proteínas suficientes e fazer as outras coisas necessárias ao ganho de músculos, incluindo a quantia certa de carboidratos e gorduras, bem como de suplementos alimentares.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A importancia da água na musculação

Olá galera, ontem eu recebi um e-mail do leitor “Eduardo Hélio”, pedindo que fosse abordado no blog sobre  “Agua X Musculação”.

...

Tão simples e tão ignorada. A água! O fluido da vida. Cerca de 70% da terra é coberta por água, o mesmo acontece com os nossos músculos. Água é necessária em qualquer processo metabólico que o nosso corpo realiza, incluindo a síntese protéica. Então se a intensidade do treino está alta, a coisa mais simples que você pode fazer para aumentar o seu desempenho é beber mais água.



1. Você não está tomando água o suficiente

Refrigerantes e café não contam. A cafeína por exemplo (geralmente presente tanto no café como em refrigerantes), aumenta a perda de fluidos através da diurese. Quando isto acontece, o corpo começa a reter água. Geralmente nós escutamos que o ideal é beber de 6 a 8 copos de água ao dia. Esta quantia é apenas convencional, para pessoas com físicos convencionais, você que almeja um corpo bem diferente do convencional, tem que beber muito mais. Beba em média 3 a 4 litros por dia.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cobamamida (Enzicoba).

Cobamamida é uma coenzima da vitamina b12...
responsável pela síntese de proteínas, então um maior consumo dessa coenzima acarretaria em uma melhor síntese proteica.
Existe em farmácias medicamentos como o cobavital (1Mg de cobamamida/Capsula), que contem a cobamamida mais em associação com substancias para aumentar o apetite. E o enzicoba que possui apenas a cobamamida na formula, em maior quantidade, tendo o objetivo de aumentar essa síntese apenas.
Existe também pessoas que mandam manipular apenas a cobamamida em maiores doses e tomar 1 ou 2 vezes 30 min antes das principais refeiçoes.

A cobamamida quando administrada sozinha não faz com que o utilizador adquira massa gorda. Apenas massa magra.
Porém o cobavital que tem a seguinte formula:

Cobamamida ....................1 mg
Cloridrato de ciproeptadina ....................4 mg
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato dicálcico diidratado, crospovidona, ciclamato de
sódio, lauril sulfato de sódio, silicone, dióxido de silício coloidal, talco, essência,
Funciona como um abridor de apetite, e isso faz com que a pessoa tenha mais fome do que o comum e consequentemente ela poderá adquirir massa gorda.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Comer e beber líquidos ao mesmo tempo engorda?

Com certeza, você já ouviu a sugestão de não ingerir líquidos durante uma refeição. Dizem que isso aumenta o estômago e engorda. Será?

Vamos aos fatos, então.
O primeiro aspecto a ser levado em consideração é o tipo de bebida. Refrigerante? Bebidas alcóolicas? Suco com açúcar? Fazem engordar sim, pois são calóricos. Água de coco e refrigerante e suco light têm poucas calorias, assim praticamente não engordam. Isso sem falar, é claro, na água, que não engordam nada.

Quantidade é o segundo fator. Se você beber muito, e isso for uma rotina, o estômago ficará dilatado. Com a dilatação, o estômago fica maior e, consequentemente, precisa de uma maior quantidade de alimentos para ficar cheio e enviar ao cérebro a mensagem de que está satisfeito. Então, o que faria engordar não seria o líquido em si, mas sim o aumento da ingestão de alimentos secundária à dilatação. Isso, porém, só acontece com muita quantidade de líquidos. Um copo de bebida em cada refeição não traz prejuízo.
E a sensação de estar “estufado” depois de comer e beber ao mesmo tempo? O líquido ingerido dilui o suco gástrico, responsável pela digestão dentro do estômago. Assim, a digestão se torna mais lenta, mantendo o conteúdo da alimentação por mais tempo no estômago. Resultado: você se sente cheio por mais tempo. Uma pequena quantidade de líquido, então, pode até ser benéfica, já que você vai se sentir satisfeito por mais tempo e, assim, demorar mais pra querer fazer o próximo lanchinho.

Em resumo: um copo de bebida com pouca caloria, durante uma refeição, não vai prejudicar sua dieta!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Menina de 16 anos morre, “suspeita de uso de Esteroides Anabolizantes”

Foi a vaidade que a matou



A mãe da adolescente Jenyfer Sthefane disse na manhã desta segunda-feira (30) após o sepultamento da filha em Praia Grande, Litoral Sul de São Paulo, que a morte da jovem foi causada por sua vaidade excessiva. Amigos e parentes da jovem que estiveram no velório e no enterro relataram que a jovem era muito preocupada com seu corpo e queria estar cada vez mais musculosa e bonita.


“Ela era vaidosa até demais, foi a vaidade dela que a matou”, contou a bartender Andrenes Augusta da Silva, que disse saber que a filha usava anabolizantes para ficar mais forte. “Eu acredito que foi isso que a matou, mas a gente tem que esperar o laudo. Talvez tenha até algo mais”, afirmou, sem especificar se desconfiava que a filha consumia outras substâncias.


Jenyfer abandonou a escola há três anos e passava o dia na academia em Praia Grande, onde morava com a avó. Ela adorava tatuagens e para fazer mais uma que foi até o estúdio de um amigo em Osasco, na Grande São Paulo, na terça-feira (24).


Mãe mostra foto de adolescente após enterro em Praia Grande (Foto: Juliana Cardilli/G1)

O boletim de ocorrência feito na polícia informa que a vítima teve parada cardiorrespiratória após tomar anestesia. O tatuador nega. De acordo com o Hospital Municipal Antônio Giglio, a adolescente chegou ao local em estado grave, chegou a ser reanimada pelos médicos, mas acabou sendo levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi constatada a morte cerebral.





Andrenes estava há cinco anos sem ver a filha. Ela morava nos Estados Unidos, para onde a adolescente iria se mudar no fim do ano – a viagem estava marcada para o dia 15 de dezembro. “Ela mudou muito, estava agressiva, sem paciência com a família. Agora que ela ia se mudar, eu queria a consertar com muito amor e carinho”, contou ela, que admitiu que o afastamento pode ter colaborado para as mudanças na vida da filha.


“Ela já não tinha o pai [que mora em Minas Gerais], ficou sem a mãe também. Mas a mãe foi em busca de um futuro melhor”, afirmou Andrenes. A experiência serviu de alerta. “Mães que estão longe, não tentem fazer como eu fiz. Dar tudo para o seu filho não supre a distância.”
Culto ao corpo
Segundo amigos que freqüentavam a mesma academia que ela, Jenyfer era assídua, ia todos os dias no período da noite e ficava cerca de duas horas no local. A maior parte de seus amigos sabia que ela usava os anabolizantes.


“Ela se preocupava com a coxa, o bumbum. Queria ficar mais bonita para ir para os Estados Unidos. Falava ‘tenho que malhar mais, estou mole’”, contou o tatuador Fernando Corrêa, que estava com a jovem quando ela passou mal. Foi ele que chamou a ambulância e acompanhou a jovem ao hospital.


Segundo Fernando, ela foi ao seu estúdio para retocar uma tatuagem antes da viagem, mas o procedimento ainda não havia começado quando ela passou mal.


Jenyfer foi enterrada na manhã desta segunda (30) (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Vizinha e amiga de Jenyfer, a professora Raquel Borelli, de 25 anos, confirma o culto ao corpo feito pela menina. “Ela cultuava muito a beleza dela, era muito vaidosa. Queria ser sempre a mais bonita, estar com o corpo mais bonito, usava os anabolizantes para acelerar isso”, contou. “Ela estava usando bastante nos últimos tempos, os amigos já tinham falado para ela parar.”


A barriga também era uma preocupação constante. “Ela achava que estava magra demais, reclamava da barriga, mas ela estava linda”, contou o atendente de vendas Rodrigo Felix, de 25 anos. “Você entra na academia, começa a malhar, e como o resultado é a longo prazo, com o anabolizante é mais rápido”, afirmou.


“Ela queria ser cada vez mais bonita, diferente de todo mundo. A vida dela foi embora assim, de uma forma tão rápida”, completou a mãe da adolescente.


O laudo da necropsia do Instituto Médico-Legal vai esclarecer o que levou à parada cardíaca. Ele sai em até 45 dias. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da garota.


“ O caso ainda esta em investigação, vale ressaltar que o uso dos esteroides anabolizantes em mulheres, é muito mais prejudicial do que em homens.
Fica ai o alerta.”



Fonte: G1.COM