Foi a vaidade que a matou
“Ela era vaidosa até demais, foi a vaidade dela que a matou”, contou a bartender Andrenes Augusta da Silva, que disse saber que a filha usava anabolizantes para ficar mais forte. “Eu acredito que foi isso que a matou, mas a gente tem que esperar o laudo. Talvez tenha até algo mais”, afirmou, sem especificar se desconfiava que a filha consumia outras substâncias.
Jenyfer abandonou a escola há três anos e passava o dia na academia em Praia Grande, onde morava com a avó. Ela adorava tatuagens e para fazer mais uma que foi até o estúdio de um amigo em Osasco, na Grande São Paulo, na terça-feira (24).
Mãe mostra foto de adolescente após enterro em Praia Grande (Foto: Juliana Cardilli/G1)
“Ela já não tinha o pai [que mora em Minas Gerais], ficou sem a mãe também. Mas a mãe foi em busca de um futuro melhor”, afirmou Andrenes. A experiência serviu de alerta. “Mães que estão longe, não tentem fazer como eu fiz. Dar tudo para o seu filho não supre a distância.”
“Ela se preocupava com a coxa, o bumbum. Queria ficar mais bonita para ir para os Estados Unidos. Falava ‘tenho que malhar mais, estou mole’”, contou o tatuador Fernando Corrêa, que estava com a jovem quando ela passou mal. Foi ele que chamou a ambulância e acompanhou a jovem ao hospital.
Segundo Fernando, ela foi ao seu estúdio para retocar uma tatuagem antes da viagem, mas o procedimento ainda não havia começado quando ela passou mal.
Jenyfer foi enterrada na manhã desta segunda (30) (Foto: Juliana Cardilli/G1)
A barriga também era uma preocupação constante. “Ela achava que estava magra demais, reclamava da barriga, mas ela estava linda”, contou o atendente de vendas Rodrigo Felix, de 25 anos. “Você entra na academia, começa a malhar, e como o resultado é a longo prazo, com o anabolizante é mais rápido”, afirmou.
“Ela queria ser cada vez mais bonita, diferente de todo mundo. A vida dela foi embora assim, de uma forma tão rápida”, completou a mãe da adolescente.
O laudo da necropsia do Instituto Médico-Legal vai esclarecer o que levou à parada cardíaca. Ele sai em até 45 dias. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da garota.
“ O caso ainda esta em investigação, vale ressaltar que o uso dos esteroides anabolizantes em mulheres, é muito mais prejudicial do que em homens.
Fica ai o alerta.”
Fonte: G1.COM